É impossível pensar em festas juninas sem pensar nas comidas típicas. Com a chegada dos eventos, que acontecem em todas as regiões do país, surgem boas oportunidades para empreender no setor de alimentação. Isso porque os quitutes juninos são muito apreciados e é impossível passar indiferente a eles, seja onde for.
Abertas para a população em praças e parques, escolas ou empresas, aniversários e outras comemorações, as festas juninas são oportunidades para empreendedores de diferentes perfis: os vendedores ambulantes, os que têm pontos de venda fixos e os que vendem por encomenda – basicamente, basta aproveitar a sazonalidade e usar a criatividade.
EM PRIMEIRO LUGAR, PLANEJAMENTO
O que vender?
Para quem vender?
Qual é o tipo de evento, a sua dimensão e quantas pessoas terá?
Quando começar as compras e a produção para dar tempo?
O que é preciso fazer para atender aos clientes sem que nenhum tipo de problema aconteça?
Calcular a quantidade adequada de ingredientes e produtos para atender à demanda evita desperdícios e garante que não faltará comida durante o evento. Isso inclui considerar a capacidade de produção e pensar na logística. Tudo é importante para evitar falhas ou resolver problemas que possam surgir de última hora.
O QUE VENDER NESTA ÉPOCA DO ANO?
Pé de moleque, canjica, pamonha, bolo de fubá, cocada, arroz-doce, bolo de milho, milho cozido, cuscuz, cachorro-quente, espetinho, quentão, vinho quente... A lista de delícias que podem ser vendidas nesta época do ano é grande e, com criatividade, é possível criar produtos personalizados, como cestas, kits e combos.
A dica é pesquisar e entender o público-alvo para acertar nas escolhas, considerando a região do país, o clima, o horário e a ocasião do evento, as pessoas que estarão presentes, entre outros fatores.
CESTAS: ENTREGANDO FESTAS JUNINAS
As cestas personalizadas representam oportunidades de negócios em diferentes épocas do ano. No caso das festas juninas, é possível explorar estilos diferentes, sabores, regionalidades e muito mais.
Além disso, vale pensar em kits customizados para aniversários ou festas de empresas, contendo nomes, data, logotipo ou outros elementos.
Veja ideias de quitutes para compor cestas temáticas e kits juninos
Delícias caipiras
Pé de moleque, paçoca, doce de abóbora, canjica, broa de milho, bolo de fubá, bolinho de mandioca e arroz-doce.
Sabor nordestino
Tapioca, pamonha, queijo coalho, bolo de milho- verde, bolo de mandioca, cuscuz, canjica, quentão e cachaça com mel.
Mineirices
Curau, queijadinha, doce de leite, rosquinha de pinga, bolo de fubá, broa de milho, arroz-doce, biscoito de polvilho e canjica.
Variedades juninas
Vinho quente, pipoca, bolo de milho, pamonha, curau, pinhão, paçoca, maçã do amor, canjica de amendoim e churros.
DICA Capriche nos itens decorativos para montar as cestas ou os kits, utilize caixas encapadas com motivos juninos, cestas de vime, bandeirinhas, chapéus de palha, espantalhos, balões, tecidos xadrez, chita, canecas, representações de fogueira etc. Use a criatividade, pesquise e faça testes.
3 MIL PAMONHAS!
Na época do São João, a empreendedora Branca, de Campina Grande (PB), dedica pelo menos 30 dias para fazer produtos típicos e lucrar com a festa
Maria do Socorro, a Branca, proprietária da Pamonha da Branca, que fica na Vila Sítio São João, em Campina Grande (PB)
Na época das festas juninas, durante 45 dias, a Pamonha da Branca se instala na Vila Sítio São João, espaço que fica na cidade de Campina Grande (PB).
O local conta com uma extensa programação de shows e tem outras atrações juninas, como fogueira, quadrilha e comidas típicas para celebrar umas das tradições mais famosas da região Nordeste.
Pamonha, canjica, milho cozido e cuscuz recheado são algumas das delícias que a empreendedora Maria do Socorro, a Branca, prepara para lucrar nesta época do ano.
“A Vila representa a cultura nordestina, existe há 20 anos e foi ali que surgiu a ideia do negócio Pamonha da Branca. Nesta época do ano, produzimos artesanalmente mais de 3 mil pamonhas e todas são embrulhadas manualmente na palha, sem ligas ou barbantes. É tudo feito à mão”, ressalta.
Segundo ela, são mais de 30 dias dedicados à produção para o São João.
SÓ MILHO!
A empreendedora lembra ainda que só usa milho como ingrediente da pamonha: “Nada de farinha de milho ou leite de coco”. O mesmo acontece com outros produtos, como é o caso da canjica (ou curau de milho), que ela faz questão de destacar que são feitos com ingredientes naturais.
Há cerca de um ano, a Pamonha da Branca funciona também em outros períodos. A loja física foi ideia da família para que Maria do Socorro pudesse vender suas receitas não apenas no São João.
“Na loja, temos um cardápio mais variado, e hoje a pamonha com queijo de coalho e o cuscuz com carne de sol são os produtos mais procurados pelos nossos clientes, além da pamonha tradicional e a canjica, esses são nossos personagens principais”, conta.