TIPOS
Existem no Brasil inúmeros tipos de farinha de mandioca, que se diferenciam no tipo de produção, na cor, nos tamanhos e na utilização.
Porém, basicamente, há a farinha seca, obtida a partir da mandioca ralada e prensada, e finalizada em fornos ou secadores. É mais comum na região sul do país e costuma ser mais grossa e amarelada, com sabor mais neutro.
Já a farinha d'água também é produzida da mandioca ralada e prensada, mas é deixada de molho em água por alguns dias antes de ser torrada. É mais comum nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Por sua vez, a farinha de beiju, como é conhecida, é elaborada a partir da goma da mandioca, apresenta uma textura flocada e é frequentemente servida como acompanhamento de pratos como churrasco na região Sudeste. Além disso, é empregada no preparo de pirão, tutu e farofas temperadas.
Farinha de Morretes
A farinha artesanal de mandioca grossa de Morretes (PR) destaca-se como um produto característico da culinária paranaense, sendo cuidadosamente elaborada de forma artesanal e com ingredientes selecionados.
Originária da cidade histórica, essa farinha é considerada uma verdadeira iguaria, que confere sabor e textura excepcionais a uma variedade de receitas, sobretudo o barreado, prato típico local.
Farinha de guerra
Tradicional no sul do país, especialmente em Santa Catarina, foi muito consumida durante a Segunda Guerra Mundial, quando houve escassez de trigo para a produção de farinha no Brasil.
Ela era uma alternativa mais barata e acessível para diversas receitas, especialmente de pães e bolos. Atualmente é vista como um produto gourmet e marca presença em diversos pratos da culinária regional, como bolos, pães e biscoitos. Por ser torrada em forno a lenha, possui sabor característico e uma cor mais escura.
Farinha de Bragança
Com uma trajetória de mais de cem anos, a farinha de Bragança conquistou admiradores desde o seu surgimento, em 1900, quando passou a ser comercializada em Belém (PA).
Essa farinha se destaca por sua textura e sabor, características que resultam do seu processo de fabricação, conferindo-lhe uma crocância irresistível, sabor intenso e uma distinta cor amarelada.
É especialmente apreciada em lanches rápidos e tornou-se um acompanhamento indispensável para uma refeição com açaí. Também utilizada em diversos pratos, a sua versatilidade é aproveitada como base para degustações, caldos e pratos principais.
Farinha em Minas Gerais
A importância da farinha de mandioca para a gastronomia mineira é muito grande. Pratos como o tutu de feijão, o feijão tropeiro e aqueles feitos com o polvilho, como o pão de queijo, são grandes pilares da gastronomia do estado e até nacional.
Farinha de Buerarema
Essa farinha tem o nome de um município no sul da Bahia, onde é produzida em pequena escala. Há também na Bahia as variedades mais finas, fabricadas nos municípios do recôncavo baiano, mais especificamente em Santo Antônio de Jesus.
Elas possuem algumas características, como a cor mais esbranquiçada. As farinhas são usadas em preparos culinários, como farofas temperadas, pirão, paçoca de pilão e muitos outros.