A tapioca é velha conhecida nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Mas a delícia ganhou o país todo por responder a um apelo quase universal: é livre de gordura e de glúten – pelo menos enquanto não chegamos ao recheio –, além de saborosa, de consumo rápido e com preço acessível.
Como oportunidade de negócio, a tapiocaria é versátil e democrática. Tem custo de produção baixo e mata a fome de um vasto público: quem faz academia; quem passa na rua e quer um lanche rápido; quem quer doce ou salgado; e quem tem fome de algo simples ou apetite para o incrementado.
Tapioca combina com lanche da tarde, café da manhã, almoço e jantar. Resumindo, agrada a todos os gostos, bolsos, tamanhos de fome e horários.
TUDO COMBINA
Inventar está liberado, já que o disco da tapioca orna com tudo. Nesse negócio, deslancha quem oferta sabores inusitados, imprimindo identidade própria ou o toque típico da região, indo além do básico presunto e queijo e do tradicional nordestino queijo e coco.
A dica é da Maria Adeneide Mendonça, ou Tia Dê, empresária cearense que faz sucesso há dez anos vendendo tapioca em Palmas (Tocantins) numa variedade de sabores tão ampla e criativa que seus preços vão de R$ 7 a R$ 34.
Outra vantagem? É fácil agregar valor ao negócio de tapiocaria oferecendo mais produtos à base de tapioca, como pizza, pão, pudim, quindim, cones…
Ponto fixo ou delivery?
Tapiocarias em geral funcionam bem nos dois modelos. “O delivery pode ser uma etapa experimental, sem um custo elevado, porque você pode fazer a tapioca em casa, colocá-la nas redes sociais e aplicativos de entrega e observar o que sai enquanto amadurece o negócio”, sugere Tia Dê. “Posteriormente, você pode se lançar no mercado com espaço físico”, completa a empreendedora.
Para quem opta pelo delivery, é importante avaliar se o espaço disponível é adequado para a produção e se a localização permite que as entregas sejam feitas de forma rápida e prática.
Se optar pelo ponto fixo, há mais detalhes: evite estar atrás de pontos que bloqueiam a visão (como parada de ônibus); saiba quem circula por ali (frequentadores da academia próxima, estudantes, trabalhadores das empresas da região...) e se há concorrentes na área. Considere como bons os pontos próximos a escolas, praças, parques e praias, onde há bastante gente circulando.
Equipamentos de uma tapiocaria
Freezer, geladeira e fogão
Frigideira antiaderente de aproximadamente 15 cm de diâmetro
Peneira, processador e liquidificador
Utensílios de cozinha (espátulas, talheres, tábuas, cortador de frios etc.)
Pratos e embalagens para colocar as tapiocas
Equipamentos de escritório e caixa conforme a necessidade do negócio
Mesas e cadeiras para o ponto fixo
POR ONDE COMEÇAR?
Pesquise on-line:
Instagram e YouTube dão ideias do que anda dando certo no mercado.
Faça um curso de tapiocas:
Há vários on-line, muitos focando em sabores criativos.
Contate um especialista:
O Sebrae compartilha um plano para abertura de tapiocarias com orientações sobre criação do CNPJ e pedido de alvará de funcionamento.
Calcule quanto quer investir e em quanto tempo quer o retorno:
De acordo com o Sebrae, o investimento varia entre R$ 5 mil e R$ 15 mil e os custos mensais de operação da tapiocaria variam entre 25% e 35% do faturamento.
Escolha como se formalizar:
Como MEI (Microempreendedor Individual - com receita bruta anual de até R$ 81 mil), o processo é fácil de entender e de baixo custo.
Aplicativos de delivery ou delivery próprio?
No sistema próprio, o empreendedor domina todas as etapas, mas é muito mais trabalhoso. Alguns especialistas defendem o sistema híbrido: usar a visibilidade e a alta demanda dos apps terceirizados, mas também criar um sistema próprio, para aproximar os clientes.