HABILIDADES SOCIAIS PODEM FAZER A DIFERENÇA

Já parou para pensar que a sua forma de se relacionar com as pessoas envolve o que os especialistas chamam de habilidades sociais? Essas habilidades são conhecidas em inglês como “soft skills” – e dizem respeito ao comportamento do indivíduo nas relações com os demais. É diferente da capacidade técnica, ou “hard skills”, que tem a ver com o que cada um sabe fazer bem, por ter aprendido técnicas ou estudado para isso.

É bem mais simples do que parece: “As habilidades sociais falam da nossa capacidade de interação, conexão e da construção de relacionamentos produtivos com as pessoas”, descreve Sonia Moro Rossi, psicóloga com larga experiência na área de Recursos Humanos (RH).

Nesse sentido, um empreendedor que consegue manter boas relações com parceiros, clientes e fornecedores; ser educado e se relacionar tendo o respeito como base é alguém dotado de habilidades sociais, a caminho de ser, inclusive, um bom líder. Pode ser um simples "bom dia", um sorriso no rosto enquanto realiza um atendimento, ou mesmo o modo gentil e paciente com que trata parceiros e trabalha em equipe.

A importância dos bons relacionamentos

Um bom ambiente de trabalho é fundamental para o bom andamento, a produtividade e para a saúde emocional de quem está diretamente envolvido no local, seja o empreendedor, o cliente, o fornecedor ou quem interage nesse contexto.

A longevidade de um negócio, traduzida na capacidade de crescer e se manter ao longo dos anos, fica mais assegurada com o fortalecimento dessas habilidades e relações. 

“Bons ambientes de trabalho geram muito mais produtividade e criatividade, porque trazem, exatamente, o lado positivo do ser humano – convidando-o a ser uma pessoa melhor”, destaca Sonia.

Como desenvolver as habilidades sociais

Embora essa capacidade de nos relacionarmos esteja muito ligada às nossas experiências de vida (seja em família, na escola, ou em outros ambientes), é possível aprimorá-la.

• Treinamentos: há treinamentos que podem desenvolver habilidades sociais, como oratória, comunicação, etiqueta, bom atendimento, dentre outros;
• Observação e aprendizado coletivo: a convivência e o trabalho em equipe podem ser fontes de mudança de comportamento, com espaço para que uns aprendam com os outros, sem discriminação ou críticas improdutivas;
• Ouvindo orientações: pedir e ouvir conselhos de um mentor ou pessoa de confiança também pode ser uma boa forma de se aprimorar e mudar comportamentos;

Três passos para começar

• Seja o exemplo: como líder do seu negócio, você é a mente por trás do empreendimento, portanto, é quem inspira comportamentos e condutas que deseja ver na equipe, no negócio;
• Cuide das pessoas: independentemente de quem seja o outro, é necessário entender o que é importante para cada um e oferecer o seu melhor como indivíduo e cidadão. “Precisamos alimentar uma cadeia de conexões positivas”, defende a psicóloga;
• Abra diálogos: perguntar, escutar e conversar ainda são as formas mais eficientes de entrar em sintonia com as pessoas ao seu redor. Pode-se começar com um simples e sincero "bom dia, como posso ajudar?";

Mas como chegar ao equilíbrio?

Segundo Sonia, o primeiro passo é – enquanto empreendedor – ter consciência do seu papel no local de trabalho, independentemente do setor ou do tamanho do seu negócio.

Ser flexível, colaborar e se comunicar com os demais de forma clara também contribui para reduzir o estresse e melhorar os resultados de todos os envolvidos numa tarefa, num trabalho.