Muita gente acha que qualquer ganho de uma empresa vira automaticamente renda para o dono. A lógica parece simples, mas esse raciocínio é um erro que pode levar o empreendedor a ter problemas financeiros. Nem todo lucro pode ser embolsado, pois uma empresa precisa de capital de giro e investimentos, além de ter uma série de despesas a pagar — incluindo impostos e gastos inesperados. Parte desse lucro é o que mantém o negócio vivo.
Mas isso não significa que o empreendedor deva ficar de mãos abanando. Ele mesmo pode definir um valor que será o seu “salário”: é o pró-labore, valor que poderá retirar todos os meses como pagamento por seu trabalho. E quanto deve ser? A professora Lina Nakata, do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento da FIA (Fundação Instituto de Administração), respondeu a perguntas da Revista Assaí Bons Negócios com dicas e sugestões para começar.
Qual o melhor valor para o salário?
Lina Nakata:
Esse valor é um pouco subjetivo. Mas o empresário pode defini-lo pesquisando funções similares às suas em sites que listam médias salariais. Se ele tem uma grande responsabilidade financeira na empresa, por exemplo, pode usar como referência o salário de um diretor financeiro.
É só pró-labore ou pode-se fazer mais retiradas?
Lina Nakata:
É comum o empreendedor querer retirar como pró-labore o valor que gostaria de receber para manter seu padrão de vida, mas isso pode ser um erro quando não se busca entender a situação financeira da empresa. Ele não ficará preso ao pró-labore mensal, porque poderá fazer a retirada proporcional como se fosse acionista se houver lucro ao fim de um ano fiscal. Mas é importante considerar qual é o valor que pode receber da empresa no momento, diante da realidade das vendas e do faturamento que se tem.
Isso vale para empresas pequenas?
Lina Nakata:
Alguns sites trazem referências diferentes para cada setor e porte de empresa. Se o microempreendedor, por exemplo, exerce uma atividade mais operacional, pode pesquisar por atividades similares para ter noções de como o mercado o remuneraria se ele fosse assalariado.
É preciso esperar um ano para a retirada extra?
Lina Nakata:
Caso o empreendedor consiga ver o excedente da operação a cada mês, melhor ainda para um acompanhamento efetivo. Mas considerar o período de um ano ajuda a visualizar as sazonalidades do negócio. No setor de alimentação, por exemplo, fatores como turismo, clima e estações do ano interferem na demanda e no fluxo de vendas. Olhando o ano, o empreendedor saberá que terá grandes excedentes em certos meses e prejuízos em outros. Aí consegue se programar para não fazer retiradas indevidamente.
Quanto do lucro deve ser reinvestido?
Lina Nakata:
Depende das necessidades, do tamanho do negócio, da expectativa de crescimento do ou dos donos da empresa (acionistas) — que, no caso de negócios menores, são todos aqueles que investem, acreditam e são afetados pela empresa. Mas todo investimento é relevante em um mercado tão competitivo. Se o empreendedor tiver reservado um valor a ser investido sempre que necessário, não vai se assustar com a despesa como se fosse um buraco no orçamento.
Misturar finanças pessoais com as da empresa pode dar problema?
Lina Nakata:
O empreendedor pode perder o controle do negócio. Se ele achar que pode tomar para si o lucro da empresa todo mês, acabará usando recursos pessoais para manter a empresa funcionando nos meses em que houver prejuízos. Usar a empresa para pagar contas pessoais também pode gerar confusão no gerenciamento e comprometer a saúde do negócio. Manter as contas separadas facilita nos momentos em que é necessário cortar custos, por exemplo.
“O empreendedor não ficará preso ao pró-labore mensal. Se houver lucro, ao fim do ano fiscal ele poderá fazer uma retirada como acionista" Lina Nakata, professora da FIA
10APRENDER MAIS
Há empreendedores que não se interessam por questões muito técnicas de gestão. Mas não é preciso fazer cursos formais para aprender práticas importantes para o negócio. A Academia Assaí tem cursos e vídeos com diversas orientações, como “Superando Desafios” e “Todos Podem Empreender”, que apontam oportunidades, formas de planejamento e inovação, além de dicas e ferramentas para enfrentar as dificuldades atuais.
MÉDIAS SALARIAIS
Há uma variedade de sites disponíveis para consultas de médias salariais que podem ser úteis na hora de definir o valor do pró-labore mensal. Confira alguns recomendados pela professora Lina Nakata:
- catho.com.br/profissoes
- trabalhabrasil.com.br/media-salarial
- salariobr.com
- roberthalf.com.br/guia-salarial
- hays.com.br/conteudo/guia-salarial
"Cuidado: se todo lucro do mês virar renda para o empreendedor, ele pode entrar no vermelho rápido e ter de usar recursos pessoais para manter a empresa funcionando" Lina Nakata
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