Doce, exótica ou apimentada. De norte a sul do Brasil, a geleia artesanal está presente na mesa e no radar de empreendedores. Desde produtos que lembram receitas da vovó a opções inusitadas criadas para harmonizar com receitas gourmet, o negócio tem boa perspectiva de sucesso por remeter à memória afetiva e ao resgate de culturas, como doce passado de gerações.
Profissional da área, a nutricionista e instrutora do Senac Paraná, Mônica Dupas Nicolosi, destaca que as geleias são produtos que remetem ao não desperdício de frutas e passam por uma fase de grande expansão no mercado, especialmente as artesanais, com a valorização de frutas regionais e produtores locais pelos consumidores.
Com experiência na produção de geleia e no ensino de empreendedores e profissionais do ramo, a instrutora defende a profissionalização para se prosperar no negócio. "Conhecer as técnicas, utilizar bons produtos, organizar as receitas em fichas técnicas e padronizar a produção são requisitos essenciais", diz Mônica. “Quem compra quer sempre o mesmo produto, com o mesmo sabor”, explica. A ficha técnica, aliás, ajuda na padronização e na definição de custos e preço de venda.
Vendas de geleia: começando do zero
De baixo investimento e alta concorrência, o mercado de doces e geleias não tem entraves ou barreiras para iniciantes por causa da grande oferta de frutas, da atuação regionalizada e das chances de identificar nichos de clientes ainda não atendidos.
- Pesquise sobre marcas existentes na sua região
- Pode-se começar em casa com uma receita própria e avançar conforme as vendas
- Calcule investir entre R$ 5 mil e R$ 10 mil com equipamentos e insumos
- Tendo em casa o básico (fogão, geladeira, utensílios etc), dá para economizar mais
- Simule custos de investimento no site do Sebrae - https://simulador.ms.sebrae.com.br (Simulador de Negócios (sebrae.com.br))
- Calcule de 20% a 30% do total investido como capital de giro, de reserva
Considere até 24 meses de prazo para o retorno do negócio
Estrutura
- Fogão, geladeira, liquidificador, panelas, balança de precisão, prateleiras, mesa de mármore ou aço inox.
- Embalagens, preferencialmente de vidro, e com tampa, para armazenar ingredientes e envasar o produto final.
- Utensílios como garfos, facas, colheres, espátulas, termômetros, fitas medidoras de acidez e lixeiras.
Fique sabendo
Tecnicamente, segundo a legislação brasileira:
Geleia
É sempre feita de polpa ou suco concentrado de fruta, com açúcar, pectina, algum ácido, todos cozidos até o ponto e a consistência (geleificação) quando resfriado. São dois tipos:
Comum
É a geleia que leva 40% de fruta ou suco e 60% de açúcar
Extra
É a geleia feita com 50% de frutas frescas ou suco e 50% de açúcar
Geleiada:
Tem pedaços de frutas adicionadas à geleia e é mais consistente
Compota:
Está na categoria das conservas, com a fruta imersa em calda
O açúcar é um conservante da geleia (que pode durar até três meses) − evita a proliferação de micro-organismos prejudiciais ao consumo
Fornecedores e clientes
- Busque fornecedores próximos, com boas referências
- Avalie o custo do frete de envio
- Veja qualidade das frutas fornecidas
- Atente para a capacidade de atendimento contínuo
- Confira o preço, o prazo de entrega e as formas de pagamento
- Venda para clientes finais e também em lojas, padarias, mercadinhos e confeitarias
- Ofereça degustações e descontos na venda de itens combinados
Divulgue em redes sociais e grupos de WhatsApp
Rotulagem
A tabela de informação nutricional é obrigatória e deve constar nos rótulos dos alimentos, segundo a resolução Nº 429, de outubro de 2020, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Para saber mais, acesse: bit.ly/resolucao_rotulo
Sonho e prosperidade
O casal Terezinha Charachovski e Edinei Antônio Alves, do Sítio Xaxim Velho, perto de Prudentópolis (PR), entrou no negócio de geleias depois de realizar o sonho de morar próximo da natureza e produzir alimentos orgânicos.
Aposentada como professora, Terezinha e o marido investiram perto de R$ 5 mil numa cozinha externa para a produção. Ali, são feitas geleias de hibisco com maracujá – o carro-chefe – entre outros sabores, numa capacidade de 40 potes por dia, vendidos a R$ 7,00/un no mercado local.
Planos de crescer não faltam, com licores e sucos concentrados, hibisco in natura e desidratado, mas os investimentos vão ter que aguardar. “No nosso negócio, o hibisco agrega valor”, diz Terezinha, que já é conhecida na cidade como a Tere do Hibisco.
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