BOA COMIDA NA JANELA

O lugar é pequeno, de frente para uma calçada e tudo é preparado pela própria dona Rosele Tejada, de 57 anos. Chama-se Ventana (janela, em espanhol – daí comida na janela) e é a síntese da vida dessa gaúcha, que na década de 1980 foi parar em Fortaleza a trabalho e, dez anos depois, migrou para a área de cozinha, estudando e aprendendo por conta própria.

Em pouco tempo, e após uma passagem por restaurantes de São Paulo, Rosele já dava consultorias e atuava como chef em restaurantes.

O Ventana nasceu em 2018, aproveitando o ponto comercial de uma amiga na Praia de Iracema, com janela para a calçada rodeada por flores que Rosele passou a cultivar. “O lugar ideal como piloto para o que eu queria experimentar”, conta ela, que planeja crescer e abrir mais dois pontos na cidade.

POR DENTRO DO NEGÓCIO – Como funciona a comida na janela

A operação enxuta, com dois funcionários, conquistou a clientela com comida boa e saborosa.  Os pedidos são feitos diretamente na janela e come-se ali mesmo, em pé ou em mesinhas colocadas na calçada da praia. No cardápio, estão sanduíches enrolados, tipo wrap, feitos de pão-folha e recheios variados.

Todo o processo é comandado por Rosele, desde o pão, que é feito diariamente para garantir o frescor, até os recheios. Os campeões de venda são o salmão gravlax (marinado) com coalhada árabe e o cordeiro cozido com tempero turco. São, ao todo, 10 opções de carnes, 10 de vegetais, três sem glúten e três sobremesas.

A pandemia também mexeu com o negócio, mas Rosele acredita que o formato enxuto foi um fator positivo nessa fase. “Ter poucos funcionários e poder migrar para o delivery nos ajudou a sobreviver nos meses de quarentena”, lembra a chef.

Raio X do Ventana

2019 - venda de 25 a 30 sanduíches em média/dia

2020 - pandemia – queda de 90% nas vendas

2021 - venda de 60 sanduíches em média/dia

2022 - planos de crescer 70% e abrir mais pontos na cidade

Ticket médio atual: de R$ 35 a R$ 40

Atendimento: terça a domingo a partir das 17h30

@ventanaroseletejada