FOOD BIKE: BOM NEGÓCIO ECOLÓGICO E ECONÔMICO

A food bike, como é chamada, ganhou atenção de empreendedores de todo o Brasil por oferecer praticidade, custo reduzido, facilidade de transporte e charme. O segredo do sucesso está também na versatilidade, já que a bicicleta não precisa de combustível e pode ser adaptável para a venda de todo tipo de alimento, do doce ao salgado e até bebidas.

Há diferentes opções em duas rodas a escolher: contratar empresa de customização, comprar um modelo já usado ou criar a própria food bike em casa. Michelle Alves, da Food Bike Selva Equipamentos, diz que esse mercado está bastante aquecido. “No ano passado, a procura subiu 10% e, neste ano, quase lotamos a agenda para o primeiro semestre com customizações”, revela.

Uma food bike pra chamar de sua

Opções e valores dos modelos no mercado

●      Com caixa expositora na roda dianteira ou traseira

●       De R$ 2.000 (modelos usados) até R$ 10.000

●       Com pintura e adesivação nas cores do negócio

●       Opções para alimentos refrigerados ou quentes

●       Bike apenas expositora ou "pedalável"

●       Requer manutenção: limpeza, lubrificação, calibragem de pneus, retoque de pintura, troca anual de adesivos etc.

●       Com ou sem cobertura para proteger do sol e da chuva

Como dar as primeiras pedaladas

As possibilidades de negócios em food bikes são muitas. Vão desde doces, bolos, brownies, fudges, bolos de pote, sonhos e brigadeiros, que exigem baixo investimento na produção em casa, até cafés, pães e bebidas. No caso de doces e pães, a vitrine e o balcão da bicicleta são, inclusive, chamariz para ganhar clientes.

Salgados, sanduíches, cachorros-quentes, tacos, abarás e outros – que podem ser previamente preparados - também são boas oportunidades. Dependendo da bike, é possível ter uma chapa para hambúrguer, que vai exigir um ponto de eletricidade, ou um cooler para gelar bebidas.

Café com charme

Essa foi a aposta de Thiago Mota, 33 anos, que fundou a Espresso 27, em agosto de 2020, em Vila Velha (ES). A ideia era criar uma cafeteria independente e móvel como um negócio extra, mas logo tornou-se  a principal fonte de renda e evoluiu para o modelo de franquia. O negócio já conta com outra food bike em Vitória, além de pontos fixos nas duas cidades. Em dia de semana, uma food bike atende em média 35 clientes, das 6h às 11h.

 @seuespresso27

Bicicleta expressa

Donos de negócios com bebidas quentes e drinks também fazem sucesso com as food bikes, principalmente em grandes centros comerciais e em eventos, como feiras, aniversários e casamentos. Rápida e fácil de preparar, a mistura de drinks é feita na hora e faz parte da experiência do cliente. Servir cafés e chás também, pode ser tudo na hora, na própria bicicleta.

Criação própria

Ana Paula Vieira, 50 anos, da Aninha Confeitaria, em Contagem (MG), viu crescer seu negócio ao customizar por conta própria sua bicicleta, gastando cerca de R$ 1.500. “Sempre quis ter uma bicicleta para ajudar na venda dos meus doces, por isso, fiz meu próprio modelo”, conta.

Com canos de PVC e tinta, ela e o marido adaptaram uma bicicleta cargueira usada, que ficou ao mesmo tempo leve e resistente. Com dois modelos, que levam três expositores cada, ela expandiu as vendas participando de feiras e eventos na região, além do ponto inicial em frente a uma escola, que foi seu ponto de partida.

@aninha.paodemel