![](https://www.assai.com.br/sites/default/files/styles/otimizado/public/1597863245.jpg?itok=wDwKXJmR)
APOIO E PARCERIA DA COMUNIDADE: ELA NÃO DESISTE!
AGOSTO / SETEMBRO 2021 EDIÇÃO 46
Liege Fuentes / Fotos: Fernando Mojo
![](https://www.assai.com.br/sites/default/files/styles/otimizado/public/img_0316_easy-resize.com__0.jpg?itok=j74p32ll)
Marlene Pereira da Silva, proprietária do restaurante que leva o seu nome
10Pegue um negócio endividado, coloque toda sua confiança, coragem e força de trabalho e o transforme num empreendimento que sustente a família e seja referência de qualidade e honestidade no seu bairro. Some apoio e parceria da comunidade nos momentos mais difíceis.
Em poucas palavras, esse é um resumo – quase na velocidade da luz – dos 31 anos da história de Marlene Pereira Silva, de 57 anos, à frente do restaurante que leva o seu nome, instalado no bairro de Parelheiros, zona sul de São Paulo.
Marlene assumiu o negócio em 1989, quando uma sociedade anterior se desfez e, na divisão, coube a ela o ponto fixo – onde funcionava o Cantinho do Caminhoneiro, que faliu – e uma dívida de R$ 100 mil em valores atuais. Com sete filhos para criar, ali ela enxergou que poderia cozinhar, abrir as portas para servir refeições e, então, pagar as dívidas e sustentar a família.
Foram quase 10 anos para liquidar toda a dívida inicial e mais de 15 outros anos crescendo, prosperando até chegar a dois pontos fixos na mesma região, servindo comida caseira no almoço, em forma de buffet/self-service.
As duas unidades do Restaurante da Marlene chegaram a servir mais de 250 refeições por dia, atendendo tanto à clientela do salão como às encomendas de marmitas que a tornaram, nos idos de 2005, a pioneira do delivery na comunidade. Em 2019, com a retração na economia, o ritmo dos negócios já dava sinais de alerta, com queda nas vendas. Na ponta do lápis, Marlene sabia que teria de fechar uma das unidades.
![](https://www.assai.com.br/sites/default/files/styles/otimizado/public/img_0365_easy-resize.com_.jpg?itok=Ev82Ivq0)
Marlene cuida da cozinha, da qualidade da comida e do treinamento dos funcionários
10“Tsunami” nos planos
Fechar um dos restaurantes era a estratégia da família para superar o momento. Aí veio a pandemia, em 2020, e tudo mudou ainda mais.
“Antes da pandemia, tínhamos dificuldades, mas encontrávamos mais saídas para passar por elas. Com o fechamento do comércio, tudo ficou muito mais difícil, com poucas saídas, dívidas e muita limitação.” Marlene.
A unidade menor foi desativada e os dois pontos colocados à venda. A saída foi buscar um terceiro ponto, maior, para comportar cozinha, espaço de entregas e atendimento de salão na pós-pandemia.
“Não conseguimos vender nenhuma das unidades, recorremos a um financiamento para reformar o novo ponto e começamos devendo o aluguel”, conta Kelly Pereira, uma das filhas, que administra o local e atua em todas as frentes na área de atendimento.
Apoio e parceria local
Para quem nunca pensou em fechar as portas e desistir do seu próprio negócio, em meio a tantas dificuldades, a solução veio em forma de confiança e apoio da comunidade.
“Foram anos de luta, de superação e muita parceria. Não conseguiríamos sozinhos. Sempre acreditamos que ia dar certo, tanto que investimos num novo lugar, não demitimos ninguém e tivemos a confiança da comunidade para prosseguir.” Marlene.
![](https://www.assai.com.br/sites/default/files/styles/otimizado/public/img_0194_easy-resize.com_.jpg?itok=J-SeCqhj)
Marlene e os filhos dividem as tarefas e as responsabilidades no pequeno negócio da família
10Parcerias e rede de apoio
- Campanha de arrecadação: na compra de uma marmita, o cliente doava outra para a comunidade. Resultado: R$ 4 mil arrecadados para a manutenção do restaurante
- Engenheiro do bairro fez desconto e parcelou serviços das obras no novo local
- Compras de produtos para a cozinha, embalagens e material de construção em lojas do bairro, com mais prazo para pagar
- Pintor, grafiteiros e artesãos da região ofereceram serviços para finalizar o novo salão
- Marceneiro fez biombo com caixotes e balcão do bar com sobras de madeira
- Compra de sobremesas, verduras e legumes orgânicos de produtores locais
Via de mão dupla
- Clientes ainda consomem marmitas da campanha de doações
- Engenheiro fez carteira de serviços mostrando o trabalho que realizou na obra
- Marceneiro trocou serviços por refeições e visibilidade do seu trabalho no restaurante
- Serviços de artesãos, grafiteiros e pintor viraram “vitrine”, recomendados aos clientes
- Produtores de orgânicos ampliaram vendas de cestas para doação na comunidade
Dicas e Sugestões da Marlene
O que fazer:
- Faça cursos, informe-se, tenha conhecimento na área em que vai empreender
- Invista 1/3 apenas ou, no máximo, 50% do dinheiro que tiver para o negócio. Reserve uma parte para suportar de um a três anos até o retorno chegar: “O retorno não é rápido e demora formar clientela”
- Defina qual tipo de público você quer no seu negócio e trabalhe para atendê-lo
O que evitar:
- Não recorra a empréstimo para começar um negócio: “É muito difícil e arriscado gerenciar tudo isso no início”
- Goste do que faz; não escolha uma atividade só por dinheiro: “Você resolve bastante problema de forma mais leve quando gosta do que faz”
Conheça em: @restaurantedamarlenesp
FEIJÃO MARAVILHA!
PLATAFORMA LANÇADA PELA NESTLÉ FOCA EM ALIMENTAÇÃO
CAMPEONATO GANHA STATUS BRASILEIRÃO ASSAÍ 2021
EXPANSÃO ASSAÍ EM 2021 CHEGA AO INTERIOR DE GOIÁS
YALLAH: VAMOS FALAR DE ESFIHA!
SE REINVENTAR NA CRISE INVESTINDO EM NOVO SEGMENTO
CAPITAL DE GIRO É FUNDAMENTAL, MOSTRA ESPECIALISTA
FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES É O CAMINHO PARA O SUCESSO
EMPREENDEDORISMO COMUNITÁRIO MUDA A REALIDADE
PIPOCA GOURMET: NEGÓCIO BOM QUE VENDE MUITO
PIZZA: PEDAÇOS DE SABOR QUE SÃO HERANÇA DA ITÁLIA
ESPETINHOS: VEJA O PASSO A PASSO PARA EMPREENDER
PARCERIA NOS NEGÓCIOS: HORA CERTA PARA UNIR FORÇAS
RETOMADA DO SEU NEGÓCIO: PRÊMIO ACADEMIA ASSAÍ
REGRAS PARA DELIVERY GARANTEM SEGURANÇA ALIMENTAR
LESÕES NA COLUNA: VEJA COMO EVITAR ESSE MAL
Fornecedores do Assaí
Empresas e indústrias de confiança com produtos de qualidade!