Black Friday pode impulsionar vendas no setor de alimentação
Alinhadas ao ambiente digital, a Black Friday, dia 27 de novembro de 2020, pode impulsionar ainda mais ações bem executadas e ser o primeiro ponto de contato com vários clientes.
Com a pandemia, muitas empresas tiveram que fechar suas portas temporariamente e encontrar meios de vender on-line. O comportamento do consumidor também mudou nos últimos meses: somente em abril deste ano, cerca de três milhões de pessoas no Brasil fizeram uma compra na internet pela primeira vez. Vale lembrar que, apesar de a Black Friday ser o dia mais importante de vendas no mercado digital, cada vez mais ela se torna uma grande oportunidade para incrementar as vendas nos estabelecimentos físicos.
Nessa data, os consumidores compram por oportunidade e não por planejamento. Isso significa que uma ação bem executada pode ser o primeiro ponto de contato com vários clientes. Para fugir do óbvio, é fundamental se colocar no lugar do consumidor e buscar meios para melhorar a experiência de compras dele. E isso significa trabalhar em todos os sentidos − tudo o que o cliente vê, ouve, sente ou experimenta em toda a jornada de compra.
Estamos em um momento em que as pessoas passam mais tempo em casa, com a família. Questões como “o que eu posso entregar que vai trazer entretenimento, união e conforto aos familiares, buscando um valor agregado ao produto” devem ser levantadas no desenvolvimento das estratégias para a Black Friday.
Nesse cenário, investir em ações criativas é fundamental, e isso não significa gastar muito ou desembolsar grandes quantias. Apostar em embalagens diferentes, em um cartão escrito à mão agradecendo a escolha e desejando bons momentos, entregar uma sobremesa inesperada para quem comprou uma refeição ou até mesmo incluir um kit com produtos de uma receita em sua exata quantidade para preparo em casa são exemplos simples que personalizam a experiência do cliente.
Pequenas mudanças e boas práticas podem ser suficientes para atrair e fidelizar clientes. No segmento de alimentação, ações muito vistas na Black Friday em anos anteriores são: ausência de custo para o delivery; aquele “algo a mais” que o cliente não esperava; melhores condições de pagamento; e combos especiais.
Nos últimos anos, vimos muitos casos de combos exclusivos para a campanha, como uma pizzaria que ofereceu a “moda da casa” com refrigerante e pizza doce, sendo o custo para o cliente somente o da pizza salgada. Por outro lado, uma indústria de salgados que tinha os pães de queijo como carro-chefe ofereceu todo o restante de sua linha com metade do preço para ampliar a presença de mercado. Recordo também de um restaurante que presenteava os clientes com uma bebida-surpresa que harmonizava com a escolha dos pratos.
Na Black Friday, ações pontuais nas mídias sociais, como os sorteios, por exemplo, também foram bastante presentes, pois esse é o momento ideal para aumentar o engajamento e estreitar o relacionamento com os consumidores.
Nada de “black fraude”
Não pratique a “black fraude”: o consumidor é cada vez mais antenado, sabe o preço médio dos produtos e não vai avaliar bem seu negócio se você estiver vendendo pela “metade do dobro”. Disponibilize produtos abaixo dos preços que geralmente são aplicados. Na Black Friday, encontramos promoções de até 80%, então, é essencial planejar um percentual adequado para que a conta feche no fim da campanha. E isso vale para todos os produtos. Lembre-se de que produto fora de sazonalidade não é aquele que não vende, mas sim aquele que não está em alta demanda ou ainda em baixa produtividade, como é caso de alguns alimentos. Já para produtos que estão em sua época, é um ótimo momento para ressaltar sua forma de uso na estação, e ainda buscar novas possibilidades de apresentá-los ao mercado.
O mais importante é refletir sobre o comportamento do consumo para a Black Friday, checar o histórico de vendas do ano passado e apostar na criatividade, se possível junto com a equipe, para traçar bons caminhos.