Em 2016, quando participou do "Especial Litoral”, publicado na 13ª edição da revista Assaí Bons Negócios, Elizabeth de Sá Domingos – ou apenas Beth – contou o que fazia para lucrar o ano todo com o seu negócio.
O quiosque, localizado na orla da praia de Santos (SP), tem mais movimento nos meses de verão, mas com criatividade e bom atendimento mantém uma clientela fiel em todas as estações do ano.
O quiosque Beth Lanches completa 40 anos de operação em 2024. “Comecei com um trailer pequeno em sociedade e, em seis meses, comprei a parte dos outros sócios. No início, era um carrinho bem pequeno e a iluminação era à base de lampião”, lembra a atual proprietária.
Hoje, a lanchonete atende, em média, a mais de mil clientes por mês em um espaço amplo e coberto à beira-mar.
DRIBLANDO A BAIXA TEMPORADA
Entre outras coisas, a matéria da 13ª edição da revista Assaí Bons Negócios evidenciou o fato de que, embora o movimento da lanchonete seja maior nos meses em que a cidade recebe muitos turistas para aproveitar o verão, é possível adotar medidas que garantam lucro nos períodos de menor circulação de pessoas.
Na época da publicação, Beth contou que uma das estratégias criadas foi a de alterar o cardápio, de forma que pudesse atender aos clientes também nos meses mais frios, considerados de baixa temporada.
Lanches gourmet e pratos para quatro pessoas foram incluídos entre os itens disponíveis no quiosque, que também oferece porções, sobremesas e bebidas.
Delivery
“Aqui em Santos, a gente não vive da temporada, basta ter um tempo bom que as pessoas saem de casa”, conta. Mas um dos grandes trunfos da empreendedora é dedicar atenção maior às entregas: “Hoje, o cardápio é o mesmo o ano todo, mas investimos mais no delivery quando tem menos movimento. Nos dias frios e chuvosos, são as entregas que ajudam a equilibrar as vendas”.
O quiosque, localizado na orla da praia de Santos (SP), tem mais movimento nos meses de verão, mas com criatividade e bom atendimento mantém uma clientela fiel em todas as estações do ano.
QUATRO DÉCADAS NO CENTRO DE PAQUERA
Ao longo desses 40 anos de funcionamento, o quiosque Beth Lanches tem uma história de dedicação por parte da proprietária, que conseguiu criar e garantir a formação universitária de suas duas filhas com a renda da lanchonete.
De 2016, quando apareceu na revista, até hoje, a relação com o empreendimento não mudou muito. Isso porque Elizabeth considera o quiosque uma extensão da sua vida pessoal. “Ele é minha casa, minha família. Sou muito realizada com meu trabalho, não vejo minha vida sem ele”, revela.
Diante disso, o Beth Lanches se consolidou como um dos principais comércios do Centro de Paquera do Embaré (CPE), como ficou conhecido o local que abriga diversos quiosques em uma região movimentada da orla santista.
Para Beth, “o CPE é um marco na cidade. Creio que todo mundo conheça. Muitos casais se conheceram ali, formaram suas famílias e hoje frequentam com os netos. É muito satisfatório, é a recompensa do nosso trabalho”.
“Acho que a prioridade é manter o respeito e a transparência na relação com os colaboradores. Gosto de lembrar sempre que, como pessoas, todos nós acertamos e erramos, mas o mais importante é que cada um dê o melhor de si”
Elizabeth de Sá Domingos, proprietária do quiosque Beth Lanches
FUNCIONÁRIOS FIÉIS
A prova de que Elizabeth encara o trabalho com seriedade e amor é o fato de que, na sua equipe, há quem esteja ali há mais de 30 anos. A fidelização dos colaboradores influencia diretamente na qualidade da operação e do atendimento ao cliente e garante um ambiente de trabalho positivo.
No entanto, a empresária afirma que não adota nenhum tipo de estratégia para mantê-los motivados. “Acho que a prioridade é manter o respeito e a transparência na relação com os funcionários. Gosto de lembrar sempre que, como pessoas, todos nós acertamos e erramos, mas o mais importante é que cada um dê o melhor de si. No quiosque, todo mundo trabalha com amor”, afirma.
Além disso, ela ressalta que não tem planos para o futuro, mas que pretende continuar trabalhando à frente do negócio durante o tempo que puder: “Depois de 40 anos de empresa, o plano é viver um dia de cada vez e, enquanto Deus der saúde, a gente tá lá”.
