Desvendando mitos sobre a carne de porco
28/07/2015 - 14h
A carne de porco é a proteína animal mais consumida no mundo todo (64%, contra 27% da bovina e 8% da carne de frango). Uma das poucas exceções neste cenário é o Brasil, onde ela aparece em terceiro lugar. Um dos motivos para esse baixo consumo no país é porque aqui a carne ficou com fama de gordurosa. Apesar de hoje a situação ser distinta, a fama tem suas razões de existir.
No Brasil, até a década de 1980, o porco era criado com a principal finalidade de produzir banha, já que não havia óleos vegetais e todos os alimentos eram preparados com ela, inclusive a conservação dos alimentos, pois as geladeiras não eram tão difundidas no país. Nessa época, o ideal era que o animal pesasse até 300 quilos. Hoje, um animal médio, pesa em torno de 110 quilos e sua gordura foi reduzida em até 80%, porque o objetivo agora é a carne, e não mais a banha.
Além de ser gordurosa, decorreu desta época também a fama de que a carne de porco era prejudicial à saúde. Hoje é possível dizer que isso é um mito, mas quando os porcos eram criados com pouca supervisão, essa precaução tinha fundamento. Isso porque as condições precárias de higiene em que os animais eram criados levavam à proliferação de doenças. A cisticercose, por exemplo, passou a representar um problema de saúde e fez com que muita gente não recomendasse o consumo desse tipo de carne. Entretanto, atualmente na criação de porcos a possibilidade de contaminação é muito baixa, quase inexiste.
Porém, ainda que as condições sanitárias na criação dos porcos tenham avançado muito, alguns cuidados continuam sendo indispensáveis para seu consumo. Assim como outros animais, o porco pode ser hospedeiro de muitos parasitas e doenças em potencial, por isso não é recomendado o consumo de sua carne crua ou mal passada.