Patrimônio da humanidade
A história da cerveja no país começou há centenas de anos
A cerveja belga é reconhecida mundialmente por sua qualidade, diversidade e tradição. Com uma história que remonta à Idade Média, a produção de cerveja na Bélgica está profundamente enraizada na cultura do país, sendo uma expressão autêntica da identidade belga. A tradição cervejeira belga é tão significativa que, em 2016, a UNESCO declarou a cultura da cerveja na Bélgica como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Origem em mosteiros
A história da cerveja belga remonta à Idade Média, quando monges e comunidades locais começaram a produzir cervejas como uma alternativa segura à água, que muitas vezes era contaminada. Com o tempo, a cerveja tornou-se parte essencial da vida cotidiana.
Durante os séculos XVII e XVIII, a Bélgica consolidou sua reputação cervejeira, desenvolvendo técnicas inovadoras e uma vasta gama de estilos regionais. Abadias trapistas, por exemplo, passaram a produzir cervejas de alta fermentação, conhecidas por sua complexidade e caráter único. Além disso, o desenvolvimento de cervejas fermentadas espontaneamente, como as lambics, destacou a singularidade do processo belga, valorizando microrganismos presentes no ambiente natural.
Patrimônio da humanidade
No século XX, apesar dos desafios da industrialização e das guerras mundiais, a tradição cervejeira belga resistiu e continuou a prosperar, com cervejarias familiares e monges mantendo métodos tradicionais.
A diversidade das cervejas belgas é impressionante. O país produz uma ampla variedade de estilos, como as famosas trapistas, as lambics espontaneamente fermentadas, as saison rústicas e as ricas dubbel e tripel. Essas cervejas são elaboradas com métodos tradicionais e muitas vezes seguem receitas seculares, preservadas por gerações de cervejeiros.
Assim, a cerveja belga não é apenas uma bebida, mas um reflexo da herança cultural do país. O reconhecimento da UNESCO destaca a importância de preservar essa tradição única, garantindo que as futuras gerações possam continuar apreciando e participando desse patrimônio vivo da humanidade.
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Foto: Shutterstock